Há poucas horas tive a oportunidade de conhecer o Edson, mas não era o celulari!
Era um jovem, criança ou adolescente? Depende do conceito. Foda-se o conceito!
Era uma criança de 12 anos, subnutrida que rondava o pelourinho, igual aqueles que ficam em porto alegre na quarta( ou terça) feira ali no largo zumbi dos palmares depois da feira. A todos que chegavam para curtir o samba ele pedia uma moedinha, alguns davam e outros não, pois sabiam que dar dinheiro a ele seria para alimentar o vicio, a pedra... tantas imagens vieram a minha cabeça, lembrei do haiti depois do terremoto e durante a revolução, lembrei do furacão ou tornado nos EUA, meus irmãos sempre sofrendo enquanto o resto do mundo assiste!
EDSON: 12 ANOS, ME DISSE QUE NÃO USA CRACK, QUERIA DINHEIRO PARA COMER, A MÃE MORREU E NÃO TEM PARENTES, DORME NO PELOURINHO, EDSON, DEPOIS DE NOSSA CONVERSA(E DA MOEDA) ENCHEU OS OLHOS DE LÁGRIMAS E PARTIU, NÃO SEI SE VEREI EDSON, MAS ESPERO QUE SIM.
EDSON:12 ANOS, NEGRO QUE PEDIA UM TROCADO NO PELOURINHO, ASSIM ERA EDSON QUE CONHECI E PARTIU...
Um comentário:
Na Lapa aqui no Rio, no centro de Sampa, em qualquer grande cidade do Brasil. Há um, dois, mil Edsons.
Não podemos ajudar a todos eles, não podemos dar uma moeda e todos. Não cabe a nós ajudar, não cabe a nós ignorar. Nos resta orar. Orar pra Oxalá abençoe e ilumine esses meninos por um caminho de bem, para o bem e que bem vivam enquanto puderem. Ou deixarem.
Marcelo Moacir
www.alhosbugalhosemarola.blogspot.com
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